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Foto do escritorMuriel Albuquerque

Quanto você precisa ganhar para financiar um imóvel em cada banco​.


A queda da taxa de juros no crédito imobiliário diminui o valor das prestações e permite que o financiamento de imóveis mais caros passe a caber no orçamento de uma família que manteve a mesma renda, já que os bancos não permitem que as parcelas superem 30% da renda do tomador do crédito. Em tempos de juros na mínima histórica e após cortes de taxas de crédito imobiliário anunciados por bancos, como o Santander, pesquisa da Melhor Taxa, realizada a pedido da EXAME, mostra quanto o brasileiro precisa ter hoje para financiar um imóvel de R$ 400 mil, R$ 500 mil, R$ 750 mil e R$ 1 milhão nos principais bancos do país.

De acordo com o estudo, quem tem entre 30 e 45 anos e uma renda familiar mensal a partir de 11,3 mil reais consegue atualmente obter crédito para comprar um imóvel de 500 mil reais. Já o mutuário precisa ter uma renda familiar a partir de 16,9 mil reais para financiar um imóvel de R$ 750 mil, e de R$ 22,6 mil para financiar um imóvel de R$ 1 milhão.

A pesquisa foi feita com base nas condições de financiamentos das linhas que utilizam recursos da poupança dos cinco principais bancos: Caixa, Itaú, Bradesco, Banco do Brasil e Santander.

A Caixa não reduziu recentemente os juros, mas além de oferecer geralmente o financiamento mais barato passou a financiar este ano a compra de lotes, está dando carência de seis meses para pagamento da primeira parcela na pandemia e também está financiando custos com cartório e impostos.

Veja na tabela a renda necessária para financiar um imóvel de R$ 400 mil, R$ 500 mil, R$ 750 mil e R$ 1 milhão nos cinco maiores bancos do país;









A pesquisa considerou a renda familiar bruta porque esse é o parâmetro utilizado pela maioria dos bancos para liberação do financiamento. Uma família composta por duas pessoas, por exemplo, que ganhe 5 mil reais por mês cada, tem uma renda familiar de 10 mil reais caso ambas participem do financiamento.

Atualmente, a taxa média de juros cobrada nas cinco instituições financeiras varia de 6,75% a 8,10% ao ano. A Caixa cobra a taxa mais baixa, enquanto o Banco do Brasil cobra os maiores juros. O estudo levou em conta as taxas dos valores dos contratos efetivados através da plataforma.

Mas a taxa de juros é só um primeiro indicador que o consumidor deve olhar ao buscar financiar um imóvel. O mais importante é comparar o Custo Efetivo Total (CET) do financiamento entre os bancos. Isso porque pode ser que o banco ofereça uma taxa de juros menor, mas no final das contas, considerando o preço do seguro e outras despesas do financiamento, o crédito pode ficar mais caro.

O levantamento considera o financiamento de imóveis usados pelo sistema de amortização SAC, no qual os valores das parcelas da dívida são decrescentes. O valor de entrada necessário simulado foi de 20%. Foi utilizado ainda um prazo de financiamento de 30 anos.

A simulação incluiu os custos dos seguros obrigatórios – Morte e Invalidez Permanente (MIP) e Danos Físicos ao Imóvel (DFI). Quanto maior a idade do mutuário, maior o custo dessas proteções.

O levantamento é apenas um indicador, já que os bancos podem emprestar uma quantia menor ou até negar a concessão do crédito para a compra do imóvel caso a família seja composta por trabalhadores informais ou alguns dos membros da família esteja inadimplente, já que o risco do empréstimo fica maior.

É importante ressaltar que esse é o valor mínimo que cada faixa de renda pode financiar, já que considera que o mutuário dê apenas 30% do valor do imóvel como entrada do financiamento. Quem pode dar como entrada um valor maior conseguirá, proporcionalmente, financiar um imóvel mais caro.

Fique atento​

Quem busca boas oportunidades de compra deve oferecer o maior valor de entrada possível para diminuir o custo do financiamento. Quanto mais alto o valor, mais baixos serão os juros pagos pelo comprador.

Não é indicado utilizar todo o valor poupado para a compra do imóvel. O comprador deve ter uma reserva financeira para situações imprevistas, como uma eventual perda do emprego, que pode comprometer o pagamento da dívida. Fonte https://exame.com/seu-dinheiro/os-imoveis-que-voce-consegue-financiar-de-acordo-com-a-sua-renda-2/

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