O mercado imobiliário vem se recuperando durante o último ano e já possui indicadores próximos ao período pré-pandemia. Pesquisa feita pela Datastore Series mostra que mais de 12 milhões de famílias possuem interesse em adquirir imóveis nos próximos dois anos. A intenção de compra foi apontada por 23,9% dos entrevistados, pouco abaixo do índice de 25% antes da crise sanitária com a Covid-19.
Segundo dados divulgados pela Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc), em conjunto com a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), os lançamentos e vendas da incorporação continuam com ritmo positivo. No acumulado de 12 meses, encerrados em janeiro, o número de unidades comercializadas cresceu 21%. No último trimestre móvel, que inclui novembro, dezembro e janeiro, a alta foi de 16,5% na comparação com o mesmo período do ano anterior.
Já os financiamentos imobiliários com recursos das cadernetas do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE) somaram R$ 24,74 bilhões no primeiro bimestre de 2021, o que representa uma alta de 83% em relação ao mesmo período do ano passado.
O aquecimento do mercado continua?
Déficit habitacional no país, taxas de juros baixas e a mudança de comportamento com a pandemia são fatores que influenciam no resultado. O alto índice de desemprego no país – ainda que Santa Catarina tenha historicamente o menor indicador para a desocupação no Brasil – é um fator que colabora com a visão de que o mercado não está em uma “bolha”, pois não há pleno emprego e renda em abundância.
O Banco Central do Brasil elevou a taxa de juros básica da economia, a Selic, em 0,75 pontos percentuais devido à pressão inflacionária. No entanto, esse indicador está em 2,75% ao ano, um dos mais baixos da história. Em 2016, por exemplo, a taxa Selic iniciou o ano em 14,50% ao ano. A taxa de juros básica interfere na taxa de juros que os bancos utilizam para os financiamentos de forma geral, incluindo os imobiliários.
Fonte: NSC Total
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