De janeiro a março deste ano, foram comercializadas em todo o estado 2.188 imóveis, alta registrada de 31% em comparação com o mesmo período de 2020. Se esse ritmo for mantido, dizem os especialistas, a tendência é chegar a dezembro com nove mil unidades vendidas, resultado equivalente ao de cinco, seis anos atrás, quando o setor surfava uma de suas melhores fases.
O número de lançamentos na Bahia no primeiro trimestre de 2021 foi 41% maior (1.396), comparado com os três primeiros meses do ano anterior (990). Na capital, esse índice dobrou (106%): foram lançados 250 imóveis em 2020, contra 516 agora.
Esses e outros números foram apresentados ontem pela Associação dos Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário da Bahia (Ademi), que divulgou os resultados do primeiro trimestre do ano em uma reunião virtual na internet. Participaram do encontro empresários, analistas e imprensa.
Com relação às vendas, o crescimento em Salvador foi de 52%: 689 nos três primeiros meses de 2020, contra 1.044 no mesmo período desse ano. A participação dos imóveis econômicos, enquadrados no programa de habitação popular do governo federal, variaram em média entre 70% e 80%.
O responsável pela apresentação dos dados do mercado baiano, o diretor técnico da Ademi Pedro Mendonça afirmou se tratar de um primeiro trimestre “muito animador”, no qual se projeta um resultado “recorde”.
Tendências para o mercado imobiliário No acumulado de vendas ano a ano, a título de comparação, contou Mendonça, a Bahia comercializou, por exemplo, 4.357 unidades no ano de 2006; em 2008, foram 14.130; 6.757, em 2015; e 2021, com 2.188 vendidas somente nos três primeiros meses, tem grande chance de chegar a nove mil, disse.
O valor médio do metro quadrado entre os imóveis considerados de médio padrão comercializados girou em torno de R$ 6,5 mil; e R$ 8,3 mil o de alto luxo. “Ainda existe uma carência grande de unidades em Salvador. Foram diversas crises desde 2014”, falou. Mercado imobiliário
Segundo Marcus Araujo, a tendência de alta do mercado não é uma exclusividade brasileira, mas ocorre no mundo inteiro “dentro de um cenário pandêmico”. “A demanda imobiliária só aumenta desde junho do ano passado. Ela é persistente. O aprendizado veio, houve uma adaptação. Voltamos ao patamar de 2011, agora com clientes mais exigentes, em que não pode haver barreiras à conexão”, disse.
Fonte: A Tarde
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